16 de fev. de 2012

Família... como você tem cumprido seu papel?

Imagem daqui

Olá, meus queridos, tudo bem? Vim socializar uma reportagem minha que saiu no jornal Tribuna do Planalto, aqui de Goiânia, no caderno Escola. O tema da reportagem era sobre o projeto de lei  que está em análise, que prevê "Abandono moral e afetivo" como crime(leiam aqui, para ficarem a par do assunto). 

Deixo claro que minha fala não se refere ao projeto em questão, mas sim sobre a importância da participação efetiva da família na vida de suas crianças, onde ressaltei a respeito dos prejuízos causados no desenvolvimento dos educandos, quando há falta da presença familiar em sua vida escolar.

O texto abaixo é apenas uma parte da reportagem, feita pela Thaís Lobo, que tem como título "Faltou afeto? Lei Pune". Você pode ler na íntegra aqui(para inclusive entender melhor).

Clique na imagem
O abandono na sala de aula
   A participação dos pais é essencial não só para o desenvolvimento social e afetivo do filho, mas também para o seu progresso acadêmico. É isso que mostra a pesquisa realizada pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), que apontou que uma família presente na vida escolar das crianças é responsável por um desempenho educacional até 20% mais alto na escola.
    Essa comprovação não é nenhuma surpresa para a mãe e professora do Ensino Fundamental da Escola Governador Olinto de Paula Leite, Joicy Fonseca Santos. “Enquanto mãe, eu sei que é importante ter essa presença para o crescimento e desenvolvimento da criança. Os pais devem olhar para os filhos e perceber que eles são necessários e não é só a questão financeira. Aliás, a questão afetiva é maior que a financeira”, afirma.
   Com relação a seu trabalho, Joicy também diz notar uma grande diferença no desenvolvimento dos alunos que tem um responsável acompanhando de perto esse processo. “A criança precisa da presença da família. E não é só pai e mãe; tem crianças que são criadas só pelas avós e são ótimas. Isso é uma questão de valores”, ressalta.
    Mas além dos prejuízos para a criança, o abandono moral dos filhos também afeta a vida escolar. É a escola que, culturalmente, é cobrada pela falta de educação e de valores morais e éticos dos alunos.
    Na escola pública, onde o descaso dos pais costuma ser maior, o problema ganha contornos insustentáveis. “As famílias como um todo, inclusive as estruturadas com pais e mães, não estão educando seus filhos para que eles consigam lidar com as situações do dia a dia. Eles tem abandonado completamente a sua obrigação, que é dar educação básica de valores, e estão jogando toda a responsabilidade para a escola. E é a escola que tem que dar conta do recado”, ironiza Joicy.
Sabemos que nem todas as famílias agem com descaso e não dá pra generalizar, mas infelizmente grande parte tem deixado de lado seu real papel na vida dos filhos. Como eu disse, isso independe de ter família "tradicionalmente" constituída. Ter uma "bela família", com papai e mamãe nem sempre é sinônimo de resultado positivo. Durante meus 11 anos como professora(uns consideram poucos anos... outros já acham que é tempo demais e até disseram na cara dura "Joicy, de duas uma, ou você é doida, ou é corajosa"! Para mim, é apenas quase metade do caminho)... foco, Joicy... então, como eu ia dizendo, nesses anos pude ver "ao vivo e em cores" muitos exemplos que me permitiram chegar à essas conclusões. A questão aqui, para as famílias, é ter estrutura emocional(e outras coisas mais, claro...). É aqui que o bicho pega! Certa vez li uma frase, que apesar de "clichê" tem grande fundo de verdade, que dizia o seguinte: "Você está preocupado em deixar um mundo melhor para seus filhos. Mas, será que está se preocupando em deixar filhos melhores para o mundo?" Eu tenho feito minha parte! Não, não há falsa modéstia aqui, bebê! ;)


Sei que o assunto é abrangente e o que temos nessa postagem é apenas uma pincelada.


Me despeço com uma música do titãs, família, que dedico à minha amiga Janaynna Nogueira, pois sei que curte tantão. Quando escuto, lembro-me dela.


Beijos!
Câmbio, desligo... 



 

71 comentários:

  1. Mas Joicy, se os pais cumprirem seu papel a TV não vai mais educar "tão bem" nossas crianças, isso pode ser perigoso.

    Ironias a parte, a condição de muitas famílias não é nada favorável. Muitas vezes com o pai e mãe trabalhando ainda não há comida suficiente na mesa.

    O que eu gostaria de saber é como o Governo vai sustentar essa Lei. Será que Ele vai dar uma bolsa para mãe poder educar seu filho? É bem provável que não... E ai? Como as coisas ficam?

    Bjuuus

    End Fernandes

    ...

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    1. End Fernandes, pô assim não pode, assim não dá. A siá TV ficaria abandonada e isso não pode acontecer, né!? rs... ironias em alta!

      Eu concordo que as condições em que muitas famílias se encontram não não são mesmo nada favoráveis. Porém, não sei se dá pra ficar dando esse argumento como desculpas. Tenho pais(ou responsáveis) que trabalham o dia todo e são presentes na vida de suas crianças, assim como tenho mães que, de certa forma, têm o tempo disponível para lidar com seus filhos mas nada fazem. Mesmo assim são crianças jogadas. Por isso falei da estrutura emocional. O descaso está cada vez maior.

      Sim, é claro que não podemos deixar de pensar no papel do governo, dando condições. Mas, não é com bolsa isso ou aquilo, né!?

      O caos está formado e meu medo é que as coisas dificilmente mudem. E olha que sou uma pessoa otimista em relação à educação. Sim, eu ainda acredito nessa danada! O.o

      Beijinhos

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  2. Primeiramente parabéns pela matéria, e pela foto da família, eu já te disse que seu filho é lindo? Esses cachinhos... Eu concordo plenamente com vc família é a base de tudo, é claro que nas classes menos favorecidas a coisa é pior, mas muitas vezes as pessoas que tem muito dinheiro, eu estou falando de gente muiiiito rica mesmo, acha que o dinheiro substitui o afeto e o carinho e acabam criando psicopatas que a gente vê por aí como a Suzane o Matheus etc... A questão é o governo não está nem aí mesmo, mas se "cadum" fazer a sua parte, a coisa não vai se degringolar tanto. Como eu disse no blog do André, eu tenho pena dessa geração, a geração dos nossos filhos, já estão crescendo numa marginalidade tão grande que nem podem brincar na rua como nós fazíamos, eu pelo menos, então ficam mais tempo no computador, video game e tv, só nos resta ficar de olho e fazer o melhor que podemos, ah não podemos esquecer de saber dizer não sempre que precisar, afinal são nossos filhos, a melhor coisa de nossas vidas, pelo menos prá mim, e eu sei que prá vc tbém. Bjão.

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    1. Obrigada, Luciana!!! Vc, como sempre, uma querida... obrigada pelo carinho com meu pequeno rapaz! Os cachos dele são meus xodós. Acredita que eu o chamava de "meu anjo de cachinhos negros"? Ele é, claro! rs

      Com certeza que o dinheiro não traz junto a tal da boa educação. Isso é inerente à riqueza... é o tal do "vem de berço" e nada tem a ver com o sangue azul(o meu, felizmente, é vermelho... hahaahah). Acho que o jornal apontou a escola pública pq nas pesquisas ela é colocada com maior indice desse descaso. Mas, sim, lhe confesso que já trabalhei na escola privada e já vi absurdos. Basta assistirmos os noticiários todos os dias para vermos os "reizinhos mandões" que temos por aí. Concorda?

      As pessoas têm tido filhos de forma descontrolada e isso está nos trazendo pais que não têm estrutura emocional nenhuma para exercerem essa função. O pior é que eles não fazem nada para mudar. A pobreza maior que existe, a meu ver, é a pobreza de espírito e pensamnto. As pessoas ficam limitadas ao "eu sou assim, não vou mudar" e de fato não mudam. O que conseguimos com isso? Todos os problemas que vemos no dia a dia. Vejo diariamente pais que me dizem "eu não sei mais o que fazer com esse menino"... detalhe, "esse menino" têm só 7 anos. Já ouviu um ditado que diz, quem não tem competência não se estabelece? Pois é, ele deveria ser um mantra em todos os sentidos. Aliás, sou até radical em dizer que algumas pessoas deveriam ser proibidas de serem pais. Sobre nossas crianças, sim, elas infelizmente não terão a mesma infância que tivemos e por isso temos que tentar lidar com essas questões da melhor forma possível, né!? Se tivr confuso, desculpa aí... a semana foi sofrível! rs

      Grande beijo

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  3. Oi meu anjo, desculpe a demora, mas como eu disse, nem que tivesse de ir numa lan postava pra vc hoje. Quando o assunto é familia, tudo deve ser analisado, porque as vezes o processo de abandono é tradicional, vem dos avós que criaram os filhos assim passando tal condição para a nova geração. Nos Estates, os pais acompanham os boletins escolares dos filhos, e acho que isso seria valido aqui, caso não houvesse descaso do governo com os professores. O processo educacional deve englobar entre outros fatores, o relacionamento entre pais e filhos, e não só desempenho escolar !



    Um beijo e tudo de bom !

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    1. Oi meu querido... tá perdoado, viu!? Minha vida tbém está maluquinha, como vc bem sabe! rs

      Concordo que esse processo de abando no pode ser caracterizado como algo culturalmente adquirido, mas as coisas evoluem e nesse quesito tbem devem, né!?

      Essa questão do abandono moral não está ligado somente ao desempenho escolar não, viu!? Foi só um dos pontos abordados. Como eu disse, minha fala era somente uma partezinha da reportagem toda. Lá eles falam sobre a questão de relacionamento entre pais e filhos, o tal do afeto. ALiás, acho que o Jaime, em um comentarião mais abaixo do seu, conseguiu abordar perfeitamente a questão do afeto.

      bjs ;)

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    2. Agora com mais tempo, pude reler com mais calma o artigo e entender, a negligencia é realmente constituida de vários fatores. Espero que o Brasil mude essa postura, talvez todo nosso futuro se baseie nisso.

      Beijo querida !

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    3. Isso mesmo Victor... esperamos que as coisas melhorem, né? Que as famílias comecem a se perceber como parte fundamental na vida de seus filhos. Grande beijo e feriado óóóótimo pra vc!

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  4. Oi Joicy!
    Que chique!!! Apareceu no jornal local!
    Eu também quase apareci na TV - na verdade eu apareci, de relance, mas apareci kkkk -, mas quem ganhou os holofotes e os 5 minutos de fama foi meu pai que falou sobre algumas falhas nos hospitais de Campinas...

    Realmente esse caso de abandono em sala de aula é tenso... Tem vários colegas meus que passam por isso.
    E já teve cada caso cabeludo de histórias estilo abandono...
    Eu não consigo pensar como eu seria na escola se não fosse pelo apoio da minha família. Que estivesse lá, sempre do meu lado...
    bjs

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    1. Seu pai é um danado, heim!? Fica aí denunciando o descaso dos hospitais na TV. rsrsrsrs... tá certinho!

      Ah, que legal vc dizer isso sobre sua família, Eduardo... é de suma importancia a participação deles na vida dos filhos.

      Sim, tem cada história cabeluda que dá até medo mesmo, né!?

      bjks

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  5. Nossa Joicy, eu vi essa realidade do descaso familiar de perto. Como estou no curso normal, fiz vários estágios em creches e escolas públicas de ensino fundamental. A realidade é que os pais negligenciam demais os cuidados aos seus filhos. Tinha crianças de 3 anos com dentes totalmente estragados devido a falta de escovação , crianças que iam com roupas sujas, as vezes algumas necessitavam usar fralda e as mães não colocavam na mochila. É ruim ver esse descaso de perto. É responsabilidade da família acompanhar desenvolvimento da criança. Mas cada dia que se passa vemos que isso é o que menos acontece. www.spiderwebs.tk

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    1. Sabrina, eu imagino sua experiência nos estágios. A negligência chega a ser bizarra... sabe o que é pior nisso tudo? É que o governo não traz os pais para a responsabilidade... pelo contrário, ficam elaborando projetos ridículos onde a escola tem que dar conta, como por exemplo a tal da escovação que vc citou. Tudo bem, que o aluno leve escova para a escola(alíás, eles ganham do governo!) e faça sua escovação lá, no entanto, recebemos crianças de SETE ANOS que não sabem escovar os dentes! Crianças que ficavam dias sem tomar banho, sem vestir uma roupa limpa... crianças que não sabiam usar o banheiro. Tudo isso é realidade!!! Pô, sinceramente, estão invertendo as coisas por aí... e os professores viram mãe, pai, avó, psicólogo, dentista, etc...

      Obrigada por relatar sua experiência aqui no blog! ;)
      bjks

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  6. Não vejo ironia no que disse, mas uma verdade irrefutável. A família joga toda a carga educacional para a escola e a escola não consegue abraçar tudo e aí acontece a desestruturação da entidade que não consegue fazer direito nem uma nem outra coisa.
    Hoje os pais querem que os professores dê a educação do berço, educação moral, educação religiosa e ainda todo o processo ensino-aprendizagem... E não é que o governo também espera isso?? rsrsrsrs
    Parabéns pela reportagem querida.
    Beijokas doces

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    1. Marly, é como eu falei acima, para a Sabrina... a escola está tendo que abraçar todos os projetos que o estado joga... projetos esses daquele tipo de educação que deve ser apresentada e efetivada em casa. Poxa, a escola pode até complementar alguma coisa, em forma de conhecimento sistematizado, mas o que vemos é um estado que tira todas as responsabilidades da família, sendo coniventes com o descaso e nos colocando como tutores de todas os alunos. Aí, quando o resultado e os tais indices aparecem, quem leva chumbo é o professor. Afinal, ele quem está na linha de frente! Uma pena...

      Valeu demais por seu comentário! Adorei!!!

      bjs

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  7. Eu sempre estudei em escola particular, mas tem uma vizinha que está sempre aqui em casa de é professora de escola pública e conta cada história.

    É PERFEITO quando você diz que essas famílias de classe mais baixa deixa para a escola educar. E o pior de tudo é que escolas públicas estão LONGE de terem condições de suprir essa necessidade.

    Conta minha vizinha, que os piá de 14 anos, chegam tudo malucos, loucos do crack e da maconha, e quando a mãe é chamada (pois o pai ta preso) ela coloca a boca na diretoria do colégio, dizendo que ela tem mais o que fazer e não pode ficar indo lá a toda hora. Ameaça o guri na frente de todos e diz que quando chegar em casa o pau vai comer cedo. Enfim... eu dou risada das histórias dela, ainda mais da gurizada debochando e mexendo com as garotas, mas é uma triste realidade. E não vejo muito como melhorar, enquanto não houver investimento na área.

    Concordo, o afeto é MUITO mais importante que o financeiro. E tenho exemplos próximos disso.

    Muito legal a matéria, e parabéns pela reportagem, mandou MUITO bem!!

    Beijão

    ----
    Site Oficial: JimCarbonera.com
    Rascunhos: PalavraVadia.blogspot.com

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    1. JimZinho, nas escolas particulares temos uns reizinhos mandões que vou te contar viu!? rsrsrsrs... mas, esse não é o assunto em questão. Rá!

      Porém, com certeza, a escola pública está caótica. Como eu já disse, infelizmente a coisa só tende a piorar. Infelizmente!!!

      Tudo isso que vc relatou, sobre sua vizinha, é pura verdade! Temos casos terríveis! Eu, como não lido com adolescentes, não tenho problemas tão bizarros assim, mas tenho cada caso de abandono moral que é de partir o coração. Nos anos de educação já vi de tudo o que vc possa imaginar. É triste pensar que são crianças e indefesas... sendo assim, quem deveria zelar por elas, acabam apenas deixando-as de lado, como meros objetos. É triste....

      O afeto é imprescindível. Perceber que seu filho está ali e que vc é responsável por ele, é o começo de tudo. Claro, só o começo... é preciso saber ele é um ser totalmente dependente de vc. PAra que o desenvolvimento dele aconteça de forma tranquila, é preciso EDUCAR! Palavrinha muitas vezes associada somente à escola... há um ditado super clichê que eu sempre falo para os pais de meus alunos "é de pequeno que se faz grande... o que somos hoje, dirá muito do que seremos amanhã"...

      Obrigada por vir aqui e expor sua opinião...

      Bjinhos

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  8. Joicy,

    tá bem na foto e foi muito bem na matéria, hein? Tá famosa aí pelos lados de Goiás! :) E, claro, olha a ironia lá no finalzinho...tu és danada mesmo! rsrs

    Bom, lá vamos nós e tentarei ser o mais sucinto o possível neste assunto.

    Eu acredito que a Educação tem como base um tripé formado por família, escola e governo. Quando família e governo pouco fazem ou omitem suas responsabilidades, há um desequilíbrio e sobra, claro, para a escola. Que sozinha precisa lidar com diversos fatores além do pedagógico. Nós, como professores, sabemos muito bem como isso funciona. E nessa história a escola é alçada à categoria de "salvadora da pátria" - através do mantra "educação é a solução" que ouvimos todos os dias na imprensa e opinião pública. Curiosamente, porém, a sociedade - ou grande parte - não dá muito valor ao profissional da educação. ( professores, diretores, coordenadores pedagógicos, funcionários de apoio)Do governo eu prefiro nem falar, pois um país que se dispõe a fazer um "grande sacrifício" para sediar uma Copa do Mundo e paga a miséria de pouco mais de mil reais como piso salarial para professores não pode ser levado a sério.

    Quero chamar a atenção para a palavra "afeto". Muita gente torce o nariz ao ouvi-la, mas é algo FUNDAMENTAL e que FALTA atualmente tanto nas escolas como nas famílias; ( seja lá qual for a composição da família, casais hetero ou homossexuais) porque AFETO não é aquela coisa melosa e cheia de água com açúcar como alguns picaretas tentam vender em livros e palestras por aí. Afeto é olhar para o outro e aceitá-lo como ser humano, como alguém que possui qualidades, que possui opinião, que SEMPRE tem algo para oferecer. Eu costumo dizer que fico mais preocupado com aquele aluno que fica isolado lá no canto da sala de aula do que com o bagunceiro: o aluno bagunceiro eu sei o que pensa, o que fala, como age; mas e aquele(a) menino(a) isolado que não fala absolutamente nada? E ao tentarmos a aproximação somos rechaçados. É um exercício de paciência - aí falta nas escolas um psicopedagogo, mas na verdade falta a presença dos pais ( ou de alguém responsável) ao longo da formação deste aluno. Faltou afeto. Mesmo que o pai ou a mãe trabalhe o dia inteiro, chegue em casa cansado, o que custa passar um tempo dando uma olhada no caderno e pedindo pro filho/filha relatar o que anda fazendo na escola?

    Porque depois será muito fácil culpabilizar os jogos eletrônicos e a internet como responsáveis por algumas das tragédias que temos acompanhado recentemente na imprensa.

    Lembro do caso de um aluno que estava com sérias dificuldades na escola e só queria saber de bagunçar e jogar bola o tempo todo. A direção chamou a mãe deste aluno diversas vezes, o diretor disponibilizou um horário em que a mãe pudesse comparecer na escola, mesmo à noite ou no sábado pela manhã...e ela compareceu? Nada. Desculpe quem alega "falta de tempo", mas isso não cola: falta de tempo para a educação dos filhos? Eu conheço um colega que é doido, mas sincero demais - e por isso já se deu mal tantas vezes: "Quem não tem tempo para a educação dos filhos vai ter que encontrar tempo para visitas na cadeia". Radical e, claro, generalizou, mas às vezes é bom dar uma sacudida.

    Exagerei novamente no comentário, Joicy, e até me exaltei. Desculpe por isso...rs

    Parabéns pelas palavras no jornal, viu? Dá um autógrafo? =P

    Bjks!

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    1. Jaiminho, quedido... viu só que danada!? Rsrsrsrs

      Só posso dizer que, como sempre, vc se colocou maravilhosamente. Tens fundamentação sobre qualquer assunto voltado para a educação. Vc é porreta, seu moço! Com certeza esse tripé deveria estar fortalecido e unificado, mas, na prática sabemos a triste realidade que nos aguarda todos os anos, na escola. Vc disse tudo... todos falam que a educação é a solução, mas na prática não temos o respaldo desses mesmos em nossas lutas. Basta olharmos para as greves. O que vemos é a comunidade na TV reclamando que seu filhinho está sem escola(digo, sem um lugar onde ela possa jogar sua cria para ficar o dia todo...)... Educação nunca foi e ainda está lonnnnnnge de ser prioridade por aqui. Fato muito triste!!

      Poxa, vc expôs sobre o afeto de uma forma super claaaara e fácil de compreender. É isso... só posso complementar, dizendo que infelizmente as famílias não estão percebendo suas crianças como esse “outro” que necessita dela para obter um desenvolvimento saudável(seja cognitivo e/ou afetivo/social)... acho que já te falei em há algum tempo que sou do tipo de professora que sente uma grande empatia por “alunos problemas”(que os outros chamam assim). É como um imã!

      Eu, como mãe que trabalha o dia toooooodo, sei que é importante estar a par de tudo o que meu filho faz. É saber o que fazer com o pouco tempo... mesmo que seja curto, mas que seja com qualidade.

      Eu fico simplesmente transtornada quando chamo os pais para conversar e o cidadão me diz “não sei mais o que fazer com esse menino”. Como uma pessoa diz não saber o que fazer com uma criança de 6/7 anos? (No caso de meus alunos...) É absurdo. Eu ainda tenho sorte, pois leciono para uma faixa etária onde os pais, mesmo que depois de sééééééculos cobrando, ainda comparecem à escola(muitos por medo do conselho tutelar)... por isso, continuarei sendo a professora chata, que cobra, que exige a presença dos pais, que manda quantos bilhetes forem necessários... Acredita que no ano passado uma mãe foi reclamar para mim pq eu estava “enchendo o saco” da filha dela “só” porque a menina chegava atrasada de vez em quando(mentira, era todos os dais... mais de 30 minutos de atraso) e não fazia tarefa de casa? Ahhh, ela me pegou num dia ruim... olhei pra ela e disse algo do tipo: acho interessante vocês pais que reclamam de professores que são exigentes com seus filhos para algo que só lhes trará benefícios... aí usei uma frasezinha clichêêêêê que eu sempre uso com os pais relaxados “é de pequeno que se faz grande... o que seu filho é hj, mostrará muito do que será quando adulto”... aí discorri um monte de coisas relacionadas à responsabilidade e outras coisas. No final, a senhora me pediu desculpas e, incrivelmente, passou a acompanhar melhor sua filha. É o tal ditado “de grão em grão...”... vamos tentando!

      Seu amigo pode até ter sido radical(só um pouquinho...rsrs) com a fala dele, mas ele foi realistaaaaa... infelizmente o que temos nas escolas (principalmente entre os adolescentes) são futuros marginais.

      Ah, nada de pedir desculpas, como eu já lhe disse, vc nunca exagera... é sempre na dose que eu preciso.

      Obrigaaaaada! ;)
      Bjks

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  9. Também já cansei de ouvir que educar é papel da escola. Mas o papel da escola, na minha opinião é, além de participar na educação, dar uma orientação hummm... "profissional", digamos assim. No campo do conhecimento e cultura.

    Mas cabe aos pais preparar os filhos para chegarem numa sala com outras crianças e conviverem.
    Achei que devia falar isso porque se os pais educarem seus filhos para isso, certamente eles vão se importar com o desenvolvimento escolar deles.
    Seja pai, mãe, avó, tia ou tio, um responsável no lar também é essencial na formção dos jovens.

    Parabéns pela reportagem! Concordo com seu ponto de vista.
    Tenha uma boa sexta-feira. Beijo.

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    1. Angelus, a questão é que estão tirando as responsabilidades da família, jogando para a escola... a escola, claro , não está dando conta dessa demanda toda, pois além disso tudo, ainda tem que dar conta dos conteúdos sistematizados. O governo não faz a parte dele, a família também não(sem querer generalizar) e o professor que não é um super herói tbem não deve ter toda responsabilidade. Não somos pais e mães, somos profeeeessores!

      Vamos ver se a coisa melhora, né!?

      bjks

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  10. Joicynnha,
    tenho visto cada coisa...
    creio que a família é o primeiro alicerce, sim, e vejo muitos filhos desacompanhados, independente de classe sócio-econômica.
    Parece-me um fenômeno generalizado esse de passar "a bola adiante", para a escola/escolinha, seja a idade que a criança tenha.
    Certa vez perguntei a uma mãe: você acha que seu filho é "auto-sustentável"? (uma ironia completa, o menino tinha 5 anos na ocasião, e a mãe sentou-se, começou a comer e nem olhou para o filho, se ele fez ou não a refeição), ou seja, coloca isso num dia-a-dia da criança e expande para outras situações... é assim que muitos pais estão tratando seus filhos.

    Beijinhosss

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    1. Cecília, com certeza... claro que há pais e pais... mas, o descaso está ficando cada vez mais sério! Coisa de louco!!!! Essa cena que vc relatou foi do tipo "seria cômico, se não fosse trágico". Me revolto!

      Beijinhos pra vc e sua pequena Luíse! ;)

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  11. Joicy, cheguei na Escola e fui correndo procurar o Tribuna, já guardei pra mim sua reportagem, muito bacana e com um tema tão importante, nós educadores sabemos o quanto é importante uma família (não importa como é constituida), mas que realmente atua como tal, para o sucesso pessoal e profissional das crianças e adolescentes. Adorei a reportagem, todos da escola gostaram muito! Ahhh, adorei a frase final:"...ironiza Joicy", como não poderia deixar de faltar uma marquinha registrada!rsrsrsrs. Parabéns!!!!

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    1. Carolzinha, vc é uma fofa! rsrsrs... obrigada querida!!!

      Ah, nós professores vivemos diariamente situações como essas né!? Onde percebemos claramente as famílias que estão presentes e as ausentes(essas tem estado em maior numero)...

      Algo precisa melhorar...

      bjkssss

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  12. Oi querida Joicy!

    A reportagem é reveladora e concordo em gênero, número e grau.

    Tenho um filho de 10 anos que é super estudioso e escreve de forma maravilhosa. Embora tenha perdido o pai há dois anos, nunca passou por problema de qualquer natureza na escola. Ele é super preocupado com o futuro e acho que está no caminho certo.

    Como mãe, estou perto sempre, discutindo com ele sobre os assuntos em sala e entendendo as dificuldades. Não tolero quem culpa a escola porque deve ser o tipo que não dá exemplo. Posso estar errada, mas sempre procurei bons exemplos para o meu filho.

    Sempre pedi a ele que acolhesse o professor como uma referência e graças a Deus, assim tem sido.

    O seu filho é lindinho demais! Admiro muito você, minha amiga pelo seu compromisso com a educação e motivação constante.

    Força aí na sua luta! Deus contigo!

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    1. Luciana, obrigada pelo carinho comigo e por vir aqui, participando sempre com seus comentários super pertinentes. Sua experiência com seu filho é exemplo claro dessa participação da família.

      É justamente isso, traçar o caminho junto com ele. Ajudá-lo a compreender tudo o que está a volta. Perceber que ele tem sua individualidade, no entanto precisa de vc para caminha junto com ele para conseguir caminhar por si só, quando chegar a hora.

      Nossa, não sabia que ele havia perdido o pai tão cedo. Enfim, que vc continue sendo a mãe nota mil que é. bjks e sucesso para seu pimpolho!

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  13. Olá!Boa noite/dia!
    A família precisa ser bem administrada.
    A falta de carinho e atenção traz tristeza e revolta no coração de qualquer criança.O sucesso da educação da criança começa dentro da sua própria casa.Também já cansei de ouvir que educar é papel da escola. Mas o papel da escola é somente no campo do conhecimento e cultura.

    Obrigado pelo carinho de sempre.
    Boa sexta!Bom carnaval!
    Beijos carinhosos!

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    1. Com certeza, Felisberto, precisamos do apoio da família para que não tenhamos que fazer tudo lá do começo, com nossos alunos. Os pais acham que a escola é um depósito de meninos mal educados onde nós temos a função de fazer tuuuuuudo o que eles não conseguem. Ensinar fica em último plano. Pra muitos só importa um lugar onde eles possam largar suas crias durante o dia... é triste!

      bjks

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  14. Oi Joyce!!

    Muito bacana a sua postagem.
    Concordo plenamnente.
    Eu acho que não há desculpa para o abandono moral, para o descaso.
    Existe sim a realidade: muitos não nasceram para desempenhar o papel de pais.
    Colocar um filho no mundo não basta para ter a denominação de pais.
    Muitos deixam a educação por conta da escola. Creio que esta função não cabe a escola, e sim aos pais.
    A escola é complemento.
    Muito do que a criança será no futuro depende de como ele foi criado.
    Se foi criado com amor, com principios, espiritualidade dificilmente ele
    não se tornará uma pessoa de bem.
    Educar exige trabalho sim, mas exige amor. Uma pré disposição, um olhar atento, um acompanhamento.

    Um beijo.....dia de paz a vc!!
    Parabéns pelo seu DOM de ensinar.

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    1. Ma, queridinha, obrigada pelo carinho de sempre... adoro sua visita!

      Vc disse tudo, a escola é o complemento e a família precisa ter isso muito claro. Não somos o FAZ TUDO.

      Adorei sua posição sobre o assunto... bjks

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  15. a cada dia que nasce as crianças vão sentindo cada vez mais o peso de se sentirem como que "objetos" na vida de seus pais. por sua vez, os pais culpam esses mesmos dias (cada vez mais negros) como a principal causa para a falta de dedicação... pura mentira!

    um filho, uma criança, é a beleza confessa, garantida, do tempo que partilhamos com eles. é a continuidade da nossa realização e o princípio da deles.


    a...té

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    1. Olá, obrigada por vir aqui...

      Realmente, é muito fácil responsabilizar os "tempos atuais" como verdadeiros culpados pela falta de dedicação. Aliás, alguns culpam a TV, o computador, os jogos eletrônicos e outros mais, porém não tentam ver como anda o tempo que eles gastam com seus pequenos.

      Crianças precisam de atenção, limites, precisam de alguém que lhes mostre a direção.

      bjks

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  16. um livro que me marcou, de daniel sampaio, intitula-se "inventem-se novos pais". não pude deixar de pensar nele e num caso particular, bem recente e ainda não solucionado, na minha direção de turma, quando te li.

    beijinho, joicy!

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    1. Jorgezinho, tudo bem!? Que maravilha ver vc aqui... seus comentários são sempre muito bem vindos. Ahhh, eu fui correndo conferir sobre esse livro que vc citou. Não conhecia. Gostei! bjks

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  17. Oi Joicy!
    Concordo totalmente com voce, e já penso no quanto eu quero ser presente nesse quesito com meus filhos. Minha mãe sempre me cobrava notas boas e me ajudava no que podia, o que foi muito bom, pois eu tinha um estimulo e incentivo para estudar, e isso é muito importante.

    É, quem é realmente fã nota quando falta né? Rubens voltará a se meter em encrenca terça-feira. Bjuss!

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    1. Ricky, tenho muitos amigos que já têm uma visão diferente da realidade vista... bem parecida com essa que defendo e tenho como base em minha RealLife. Ser pais traz responsabilidades que não devem ser deixadas de lado... claro, ter filhos não vem com manual de instruções, mas temos que correr atrás de tudo o que é preciso para tentarmos fazer o melhor. Afinal, nossos filhos são responsabilidade nossa.

      Esperando pelo Rubem Fonseca, visse!? rsrsrs

      bjks

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  18. Sobre escola, a pior parte é a maçã podre que estraga o resto e nada se pode fazer.

    Ñ gosto muito de falar sobre educação, é um assunto tipo "político honesto no Brasil", tempo perdido.

    Abraço

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    1. Realmente, falar sobre educação é sempre complicado e polêmico, mas é um assunto necessário de ser discutido. Eu costumo dizer que o Brasil ainda está engatinhando na educação e muito precisa ser superado ainda.

      Obrigada por vir aqui. Seja muito bem vindo para retornar quando desejar...

      Grande abraço!

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  19. Obrigado por aceitar o convite. Na verdade será difícil nos comunicarmos por lá, pois acesso pouco o Face e parece que você acessa mais durante a noite quando estou na faculdade. Mas qualquer hora dá certo rs.

    Realmente hoje é muito fácil uma banda conseguir gravar um trabalho profissional em algum estúdio por ai. Claro que isso é bom, mas de facto faz surgir um elevado número de bandas e artistas e assim sendo muito maior também o número de artistas ruins. E todas as tecnologias disponíveis no estúdio hoje em dia muitas vezes acabam por esconder o verdadeiro músico, fico chocado ao ver como atualmente todas as principais artistas da música pop possuem vozes extremamente parecidas de tanta edição que há no estúdio e de tanto playback ao vivo.

    Eu acho estranho o Soulfly estar fazendo esta turnê na América do Sul no final de fevereiro e começo de março sendo que os caras vão lançar o novo álbum apenas no dia 13 de Março (não faz sentido nenhum para mim rsrs). Então é impossível falar do novo trabalho deles, pois nem saiu ainda.
    O Max enfia umas paradas meio new metal (que quase estragam o negócio rs) e uns batuques, berimbaus e percussões bem “roots” brasileiras que afasta os mais ortodoxos rs. Mas nos últimos três álbuns esses experimentalismos estão bem mais sutis deixando a coisa mais thrash e ainda bem que o new metal também ficou um pouco de lado nesses álbuns rs. Ah sim, é bom aproveitar como você disse, infelizmente não vai dar para eu ir ao show aqui em São Paulo, então me diga depois como foi o show por aí ^^

    É realmente triste observar como o cinema tem se tornado dinheiro e mais dinheiro. Até hoje não venho nenhum proveito nessa tecnologia 3D rsrsrs.
    Só não entendi o "ironiza Joicy" ali no final da matéria, foi dita a realidade nua e crua e não de forma irônica, ou então eu não sei mais o que é uma ironia hehe.
    Uma grande amiga que dá aulas para 1 a 4 séries sempre me fala bastante do abandono das famílias com as crianças e de vários casos estupidamente ridículos e outros deveras cruéis e todas as situações que ela passa. Nessas horas eu penso "onde é que estou me metendo?". O individualismo chegou a um ponto que mesmo a instituição familiar não tem mais sentido algum.

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    1. Manfio, meu fioooo, tudo bem? Como está sendo seu feriado? Muita folia?/ kkkk.... tá, eu sei, foi má essa brincadeira! Hahahaah... meu feriado, nada carnavalesco, está sendo como eu desejo. Estou em casa curtindo a preguiça!

      Ah, percebi que vc não anda muito no face. Eu só posso estar lá durante a noite mesmo. Mas, vai que dá certo, qualquer dia desses né?

      Ah, esse lance de bandas ruins é caso sério. Mas, nem fico mais tentando entender não. Não é só entre os artistas pops que parece vermos que todos têm a mesma voz. Já percebeu que temos muitas bandas de metal/heavymetal que parecem verdadeiros covers de algumas bandas, não fossem as letras das musicas!? Onde foi parar a criatividade desse povo? É disso que eu falo... tem tanta banda com potencial, mas elas reproduzem coisas muito “lugar comum”... a mesmice é de “arrancar a vó do toco”. Kkkkk...

      Eu não conheço o Soulfly, então nem posso falar sobre eles. Só sei que vai ter show e, talvez, iremos. Nem é um som que curtiiiiiiimos tanto assim. É passível de ser escutado. Hehehhe

      Sobre o “ironiza Joicy”, acredito que seja pelo meu tom de voz “mais brincalhão” ao final da entrevista. De certa forma eu falei com um tom bem sarcástico. Sacomé, né!? Rsrsrs... a Joicy é dessas que adora um tom irônico, com leve teor de sarcasmo.

      Ah sim, sua amiga vive o que eu vivi e vivo nos últimos 11 anos. Tem casos que nos fazem querer tomar satisfação de “adulto pra adulto” com a família, tamanho é o descaso. Mas, não podemos nos deixar abater tanto assim. O que faço? Continuo cobrando, continuo sendo a professora chata que pega messssssmo no pé de pais que acham que são meros reprodutores e que seus filhos já nasceram auto suficientes. Tem horas que é preciso dar uma sacudida (mas, só com palavras mesmo/.....rsrsrs) pra ver se a família acorda. Eu entendo perfeitamente sua indagação e receio. Se vc entrar mesmo nessa área de atuação, que seja bastante paciente e, ao mesmo tempo, firme para conseguir lidar com todos os problemas que temos nessa profissão(para muitos, ingrata!). É justamente isso que vc apresentou... o individualismo. Algumas pessoas só olham para seu umbigo e se esquecem que seus filhos precisam dele para se tornarem cidadãos bem desenvolvidos(não só cognitivamente, mas principalmente para o lado afetivo).

      Bjão

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  20. De acordo Joyce,

    Adorei o artigo e o tema é muito rico. Abordando um pouco sobre disciplina, a cerca do assunto, se me permite, vale ressaltar que a vida é difícil; enganam-se e sofrem mais quem ache o contrário. Então... Pois educar também não é.

    Educar é um processo de enfrentamento, observação, correção e doação do nós a outro. O processo se apresenta em uma série interminável de dificuldades, plenas tanto de dor quanto de alegrias, que nos despertam coragem e sabedoria se estamos dispostos à fazê-lo. E o processo de ensinar aos nossos filhos disciplina os educa não apenas como sofrer, mas também como crescer (pessoalmente falando). Aliás não só a eles, também a nós mesmos; E talvez por isto o processo seja tão difícil. No entanto quando amamos alguma coisa, ela tem valor pra nós e lhe dedicamos nosso tempo cuidando bem dela, somos capazes de organizar nossas próprias vidas com autodisciplina, controle e dignidade; porque acreditamos que é assim que eles devem viver. Por isso, ainda mais importante do que seguirmos um padrão de educação é o amor.

    As crianças que têm a felicidade de experimentar o amor e os cuidados constantes dos pais durante a infância estarão na idade adulta não só com uma profunda consciência do próprio ser e valor como também com um a forte sensação de segurança.

    No entanto muitas crianças não têm tanta sorte e são realmente abandonadas, devido à morte, deserção, pura negligência e outras embora não sejam de fato abandonadas, não obtém dos pais garantias, afeto e disciplina. Abandonadas psicológica ou literalmente, elas ingressam na idade adulta sem aquela certeza de que o mundo é um lugar seguro e protegido. E o processo se traduz numa luta contra corrente, que muitas vezes, além de mal sucedida, dura toda a vida.

    Em resumo, é necessário que nós amemos, para que nos preocupemos, nos importemos e desejemos educar. E essa batalha é nossa pais. A de conscientizar nossos filhos do próprio valor, dar-lhes alguma certeza de segurança em suas vidas. "Bens" idealmente adquiridos através da disciplina e cuidados constantes e genuínos. Os dons mais preciosos que nós, pais, podemos oferecer.

    Fica a dica para refletirmos sinceramente sobre o como estamos educando os nossos filhos e de quem realmente é a responsabilidade. Essa honestidade não é indolor, traduzí-la para a realidade muito menos. Mas como havia citado anteriormente: O processo é uma série interminável de dificuldades, pleno de dores e alegrias. Façamos bem nosso papel e deixaremos filhos melhores para o nosso mundo!!!


    Abraço Joyce...

    Isabella Ribeiro

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    1. Oi isaBELLA!!!! Um prazer receber seu comentário aqui, viu!? Bom ver que vc leu minha postagem no facebook e veio correndo conferir. Volte sempre!

      Ahhh, com certeza, educar não é um processo fácil. É preciso sabedoria... vc abordou perfeitamente sobre esse ponto. Fico até sem palavras para complementar.

      As pessoas às vezes se enganam com a palavra afeto, pensando que é ser bonzinho, dar carinho, beijinhos e afins. Sim, isso tudo pode vir junto, mas quem ama impõe limites, mostra o certo e errado, caminha lado a lado para mostrar o caminho a ser seguido. Orienta para que seu filho aos poucos adquira autonomia, confiança e se sinta suficientemente capaz de seguir seus próprios caminhos quando chegar a hora.

      Vc é uma super mãe, que eu sei! :)


      Obrigada por nos apresentar seu ponto de vista, viu!? Grande beijo

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  21. Este comentário foi removido pelo autor.

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  22. Oiii Joicy, me desculpe se não falar coisa com coisa aqui, ainda estou no clima da minha primeira noite de carnaval, em clima de sono (dormi cedo e acordei cedo), mas vamos lá...

    Eu fui criado pela minha mãe e pelo meu avô, este faleceu em 2004, na maior parte do tempo eles não estavam presentes fisicamente, tanto minha mãe quanto meu avô precisavam se desdobrarem para ganhar a vida. No entanto os ensinamentos e princípios que me passaram estavam presentes comigo o tempo todo, mesmo sendo uma criança, eu tinha o entendimento de que eles estavam longe é porque estavam correndo atrás de meu próprio bem, a certeza disso vinha quando estávamos juntos. Meu avô nunca foi muito de demonstrar suas emoções, mas percebia-se pelo olhar dele o que ele sentia por mim e pela minha mãe. Contei esta breve historinha só para defender meu ponto de vista de que o fato de os pais precisarem trabalhar não é uma desculpa para uma educação desleixada, conheço muitos outros exemplos de crianças que recebem o afeto mesmo com o tempo corrido dos pais. Quando os princípios passados são mais resistentes, eles são lembrados mesmo à distância...

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    1. J. Bruno, vc falou e disse. Não tem isso de falar coisa com coisa... entendi perfeitamente seu ponto de vista e adorei seu relato, viu!? Obrigada por partilhar conosco.

      Educar é tudo isso que seu avô e sua mãe fizeram. Alguns diriam que sua família não é "tradicionalmente constituída", eu digo que sua família é o exemplo a ser seguido por muitos familiares que se sentem perfeitos, mas no fundo são totalmente disprovidos de estrutura emocional. Agradeço à sua mãe e seu avô por terem criado esse ser tão lindo que é vc e assim me dando a oportunidade de conhecer cada dia mais e poder chamar de queridão do meu coração.

      Essa desculpa de que a falta de tempo é a grande vilã da situação é "conversa pra boi dormir"...

      bjks

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  23. Olá!Boa tarde!
    Já comments acima!
    Neste clima de carnaval...onde coloquei minha fantasia, um Pijama mais colorido, para pular bastante...na minha cama...vim agradecer mais uma vez, sua visita sempre amável em meu blog!
    Muito obrigado!
    Bom final de semana!
    beijos carinhosos!

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    1. hahahahahahahah... sim, sim, sim... sua fantasia é "igualinha quinem" a minha! Tô na folia, da minha casa... com meus filmes e livros e meu pc! :D

      bjkss

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  24. Joicy vc disse tudo menina, os pais hoje em dia, tratam seu filhos de uma tal maneira que eu simplesmente acho absurda, eu tenho 3 filhos, 1 menino e 2 meninas, no primeiro dia de aula eu e meu marido estavamos lá, de olho, conhecendo a professora e tudo mais, na ultima quinta-feira fui a escola para uma palestra sobre pais e filhos, uma mobilização que está havendo nas escolas daqui, que os filhos precisam dos pais nas escolas e depois de tudo, os alunos cantaram pra gente, teve bolo da mobilização que eles fizeram (o tal bolo que eu comi e tô até agora passando mal... rsrsrsr) e Joyci se eu falar vc não acredita, a escola tem mais ou menos de 200 alunos, se tinha 40 pais era muito, fora algumas crianças chorando na hora de cantar, por que o pai e a mãe não foi ve-lo, eu fico triste com isso viu, eu vou em tudo que há na escola dos meus filhos, a escola é publica mais de muita boa qualidade, a direção é otima e eu já conheço todos ali, sempre que tem alguma coisa eu vou, converso com o professor, a diretora e resolvemos juntos o assunto, meu menino apanhava de outro todos os dias e depois de muita reclamação, pois meu filho não era o unico, fizeram uma acariação entre eu, o pai e a mãe do menino que batia no meu e outros pais que tinham a mesma reclamação, eu simplesmente desabafei ali, falei que eu não criava meu filho pra apanhar de ninguém e tive que ouvir da boca de um pai ali, que eu tinha que ensinar ao meu a bater tbm... ahhh Joycim rodei a baiana, falei que eu não crio bicho selvagem, crio uma criança e que meu filho está vindo pra escola aprender Português, matematica, ciência e outras materias e não a ser uma marginal ou lutador de vale tudo.
    Olha foi uma discussão daquelas, o conselho Tutelar foi chamado, pois os pais não sabiam mais o que fazer com o filho, ele até hoje aida estuda com meu filho, não é mais violento, o conselho tutelar ainda acompanha o menino, que faz tratamento psicologico, isso tudo por que o pai batia na mãe e ele via tudo, a ultima coisa que eu soube, é que ela se separou e hoje cria o filho sozinha, o pai o visita com supervisão dos conselheiros.
    Parece mentira, mais o conselho tutelar vira e mexe está na escola do meu filho, resolvendo questões de pais que são irresponsaveis com suas crias!!
    Ahh... se eu continuar falando não paro mais e modestia parte, eu tbm sou uma excelente mãe!!
    Beijos em seu coração!!

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    1. Jane, seu relato veio de encontro à tantos outros que eu vivencio diariamente, no meu trabalho. Pais negligentes temos aos montes. Algumas vezes o conselho tutelar consegue se fazer valer. Mas, nem sempre. Alguns pais a gente tem vontade de abrir a cabeça e jogar alguns bilhetinhos lá dentro pra ver se aprendem.

      Esse caso que vc relatou, sobre a violência que acaba gerando violência nos mostra nada mais nada menos do que a questão do aprender pelo exemplo.

      Espero muito que a realidade da educação brasileira melhore e luto por isso.

      Sei qeu vc é uma super mamãe e necessitamos de muitas outras como vc para que a escola consiga caminhar melhor. O desenvolvimento da criança é melhor quando escola e família caminham juntas e isso deve ficar claro para as famílias.

      Obrigada por relatar sua vivência, viu!? Grande beijo

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  25. Sempre tive meus pais presentes em toda a minha vida escolar, então eu não saberia ser diferente com meus filhos.
    Sempre estou presente e dou apoio aos meus com afeto e boa vontade em tudo em que precisam, e o mesmo faço com as escolas em que estudam, me colocando sempre disponível a ajudar em qlq situação.
    Mas já vi casos bizarros de crianças que não tem apoio devido e nem carinho dos pais. Esses que preferem deixar a tv e os games a cargo da educação de suas crianças, acham que só o lado financeiro conta, que somente dando o que os filhos, (pequenos tiranos(as) mesquinhos(as))vão fazer com esses sejam homens e mulheres bem sucedidos e resolvidos em todos os sentidos da vida.
    Enfim, casos tristes.
    Bela reportagem, ótimo post.

    ps.: Joicy, Príncipe sombrio lembra muito IAN sim, a leitura é ótima e estou adorando o livro, recomendo ...ui *.*

    Beijos
    Viviane
    Razão e Resenhas

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    1. Oi Vivi... que bacana saber que vc teve a presença dos seus pais. Isso nos faz sentir amados, né?

      Realmente há casos tristes demais, inclusive nas classes mais favorecidas.... Tem muitos pais que pensam que dar afeto é fazer tudo o que seus filhos querem, criando verdadeiros reizinhos mandões. Dar afeto vai muito alêm disso, como bem escreveu o amigo Jaime, num comentário acima.
      Esperamos que as pessoas reflitam bastante quando decidirem ter filhos e os que já têm que saibam que são importantes na vida de seus filhos.

      Obrigada por relatar sua vivência...

      bjks

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  26. Oiii
    esse assunto é inesgotável mesmo, a realidade escolar precisa de mudanças e a família mais ainda. O casal deveria fazer um curso pra ver se tem condições de constituir família, mas não é assim, então um pai e uma mãe deveriam ser mais conscientes e perceber que se não tem para eles como ainda vão ter filhos?! é muito difícil esse tema por isso e a educação é o caminho desde pequenos pra dar valor a si mesmo, respeitar-se e amar-se, acredito que daí nascerá um ser humano mais consciente. A escola também precisa mudar, sair do quadro negro ou branco agora, sair das carteiras perfiladas, mas esse quesito já depende de governo e então piora mais ainda a situação. Sou prof aposentada e mãe de duas filhas queridas graças a Deus! bj e obrigada pelo carinho da visita em meu blog, seja bem-vinda sempre!
    obs: perdi o comentário anterior bá!!!

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    1. Oi Shan-Tinha, tudo bem? Que maravilha receber vc aqui... fico feliz e espero recebê-la mais vezes. Então vc é professora aposentada? Então sabe muito bem como é essa minha(e de muitos outros) vivência em sala de aula, né?

      Vc disse que as pessoa deveriam fazer curso para serem pais e eu sou até mais radical um pouco, acredito que algumas pessoas deveriam ser proibidas de terem filhos. Há cada caso que nos deixa de cabelo em pé. Alguns eu nem acredito que possam ser chamados de pais e mães. O cúmulo da bizarrice.

      GRande beijo

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  27. A educação nos dias de hoje é algo muito complicado e delicado!
    Não é fácil, os tempos mudaram muito.
    Aqui em Portugal é igual...

    Bjs e bom fim de semana e carnaval :)

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    1. Oi, Rui!!! Pelo que tenho visto, o problema em relação à educação é quase geral, né? Mas, aí em Portugal tem uma escola que sonho conhecer, a Escola da Ponte. Vc conhece?

      bjssss

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  28. Olá Joicy.
    A princípio, agradeço a visita e comentário nos Lisérgicos, gosto muito do que comenta e, realmente, acidentes nos dão sustos que custamos um pouco de tempo para "processá-los" e acreditar que ficará tudo bem. Meu familiar ainda não está muito bem, contanto, foi salvo de algo muito pior, visto que a moto ficou um lixo.
    Sobre seu texto, eu francamente não consegui ver ironia em seu desfecho.
    Acredito que todos que conheçam, nem que seja o mínimo sobre o assunto educação, sabe muito bem que ela praticamente se define no início da vida e acredito que seja impossível um professor arcar com as consequências de um aluno cuja família seja desestruturada (e quando cito desestruturada, cito moralmente) e se responsabilizar por completo pela educação desta pessoa seja muito difícil, para não dizer quase impossível.
    Claro que o professor exerce um papel fundamental na educação, contanto, há certos pontos que vem de berço mesmo, esta é minha opinião, e parecem ser imutáveis.
    Eu sempre estudei em escola particular e, o que posso dizer é que também é muito complicado, porque há interesses financeiros por trás, então situações como bullying, outros escândalos que, em uma escola pública fica mais a mostra, na particular fica oculta. E se eu fosse citar casos, sairia um comentário muito maior que os de costume aqui do que já presenciei em colégios particulares e foram "abafados" por motivos financeiros.
    Muito boa a sua abordagem. Parabéns!

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    1. Olá, Christian, gosto muito de seu blog. Sinto falta de estar lá mais vezes. Sacomé, né? O tempo vive me dando rasteiras. Ainda desejando melhoras para seu familiar. Sei como é isso de acidente. O susto é sempre grande.

      Deixa eu explicar, acho que a questão da ironia se deu por conta de meu tom de voz “mais brincalhão” ao final da entrevista. De certa forma eu falei com um tom bem sarcástico. Sou dessas que adora um tom irônico, com leve teor de sarcasmo. Mas, com certeza, é a realidade nua e crua.

      O grande problema é que a família ainda está achando que a escola é grande responsável por educar seus filhos. No final das contas, quem mais sofre são as crianças e adolescentes. Seu futuro depende disso e infelizmente muita terão um bem triste. Tambem o professor se torna o alvo de críticas enormes quando o sucesso não é alcançado. Estamos na linha de frente e o chumbo vem todo para cima de nós.

      Sim, na instituição particular tbem temos sérios problemas. Fui professora por 7 anos em escolas privadas e já vi coisas de fazer o cabelo arrepiar!

      Obrigada pelo comentário, viu!? São sempre pertinentes, suas colocações!

      bjks

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  29. Olá :)
    Será que eu cumpro meu papel na familia?
    Lendo esse texto até fiquei em duvida :O
    Excelente post e grande música de encerramento *---*

    Joicy,desejo a ti um excelente carnaval pra ti e sua familia
    Beijos e cuide-se
    _______________________________
    RIMAS DO PRETO

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    1. Obrigada, querido... que seu feriado seja óóóótimo tbem! bjks

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  30. Isso é uma coisa horrorosa! Infelizmente é crescente o número de pais que fazem esse tipo de coisa. Que abrem mão da participação no desenvolvimento dos filhos. E usam a falta de tempo como desculpa. Se não tem tempo para priorizar OS PRÓPRIOS FILHOS como tem para o resto?

    E você tá muito chiquee, só nas entrevistas. kkkk beijos.

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    1. É como diz o velho ditado, Lay, "quem pariu Mateus que o embale"... se teve, se vire!

      Eu repito sem medo de estar sendo radical, algumas pessoas deveriam ser proibidas de terem filhos!

      hahahahahah... eu tô só na finuuuura das entrevistas! kkkk

      bjks

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  31. Joicy,
    Parabéns pela matéria publicada! Concordo que a família é a base de tudo e sua importância na educação das crianças. Infelizmente há pessoas que usam da "falta de tempo" e deixam a mercê a educação de seus filhos.

    Muito sucesso pra vc...quando "crescer" quero escrever como vc! kkk
    Bjo

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    1. Obrigada por vir aqui, Raphaella!! Com certeza essa frase "falta de tempo" está em quase todas as falas de pais que chamamos para conversar sobre essas questões em relação aos seus filhos. Pra mim, é mais uma desculpa para se livrar das responsabilidades.

      Valeu demais... vc é um amor!

      bjks

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  32. Oi, me disseram que um de meus posts estava parecido com o seu. Vim conferir e acabei me encantando com seu blog, rsrsrs.
    Posso dizer que infelizmente vivemos uma realidade muito triste hoje em dia, principalmente nas periferias e comunidades, como é o meu caso. Para se ter uma ideia, uma mãe que, como eu, acompanha o rendimento escolar do filho, frequenta as reuniões de pais e sempre que pode dá um alô na professora pra saber se está tudo certo, é vista como um ser de outro planeta. Já chamaram meu filho de principezinho, e isso não por ele ser mimado, nada disso. Só porque eu cuido dele. Eu que levo ao treino de futsal, à escola, à igreja, enfim... se meu filho não anda sozinho por aí, é como se tivesse alguma coisa errada comigo.

    Os valores da família infelizmente estão se banalizando.

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    1. Olá, Valquíria, tudo bem? Ah, sim, infelizmente os valores estão completamente degringolados. Precisamos de famílias que compreendam o seu real papel na vida de seus filhos e compreendam que eles necessitam deles para ajudá-los a seguir em frente. Muitos agem como se as crianças fossem descobrir tudo sozinhas. Esquecem-se de que seus filhos precisam de um referencial saudável. Sou uma mãe presente e me preocupo com o futuro do meu filho. Quero que ele saiba lidar com as situações do dia a dia... por marido e eu sermos pessoas não muito convencionais(visualmente falando e por nossos gostos peculiares) as pessoas acabam tirando conclusões precipitadas a nosso respeito(isso nem nos afeta) e pensam que somos do tipo "pais despreocupados e largados"... o que não é o preconceito, né!? Modéstia à parte somos ótimos pais e acho que damos um banho em muitos pais "aparentemente convencionais", mas que no fundo não cumprem seu papel de pais(estilo, visual não é nada... as pessoas precisam saber separar as coisas. Os políticos engravatados que nos digam. né!?).

      Vc está certa em acompanhar seu filho de perto. Acho que um grande erro é pensar que deixar o filho amadurecer é deixar que ele faça tudo do jeito que quer... a criança precisa sim adquirir autonomia, mas isso deve acontecer aos poucos e pra isso ela precisa muito do acompanhamento familiar para se sentir cada vez mais segura para fazer suas próprias escolhas e, quando chegar a hora certa, poder lidar com suas decisões sozinha.

      bjs

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    2. Acabei de ler a reportagem e gostei muito. Você soube retratar muito bem a importância da parceria família-escola, destacando que algumas funções não cabem a nós professores, mas a convivência familiar. Infelizmente essa realidade não é vista por todas as familias, como você mesmo citou nas escolas públicas o descaso ainda é maior, o que acaba refletindo no processo ensino-aprendizagem de milhões de educandos diariamente.
      Aproveito o momento para destacar que eu como ex-professora do Gustavo sempre notei a presença familiar em seu convivio diário. Mande um grande beijo para ele e outro para você.

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    3. Obrigada, Professora Thássia... realmente esse descaso é grande e precisa ser mudado. Acredito que muitas mudanças acontecem diariamente, mas há muito chão para percorrermos ainda.
      Vc é muito querida... beijinhos serão dados no Tavinho.

      Bjinhos pra vc

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  33. Olá amada e preciosa Joicy!

    Antes, gostaria de parabenizar-lhe pela reportagem, que com muita propriedade expõe um tema bastante complexo, que é o "abandono" da grande mnaioria da família, dos pais e ou responsáveis na vida escolar do filho.
    Como qualquer tipo de abandono, este não seria diferente, no sentido de deixar marcas, às vezes irreparáveis na vida adulta de uma criança. Eu não posso acreditar no sucesso de uma pessoa quando ele não recebe o apoio, o incentivo, o afeto familiar. Para mim é a base fundamental!
    Sabe Joicy, a grande maioria dos pais, da família, se furtam a esse dever de acompanhar a vida estudantil dos filhos. Os meus já cresceram, agora tenho netos, e fico vendo a importância do acompanhamento, como é importante na vida da criança. Minha filha acompanha muito de perto a vida escolar dos filhos, Lucas e Thaís, e como avó, também com conhecimento educacional ajudo a resolver alguns conflitos próprios da vida escolar, ou pelos oriento-a de como fazer junto à escola.
    Essa parceria escola-família precisa existir mesmo, sem ela fica complicado um resultado melhor para a vida do aluno, comprometendo a escola também. Agora Joicy, apenas com o opinião, acho que deveria ser melhor esclarecido essa parceria, em especial aos pais e ou responsáveis da rede pública. Sabemos que ainda é grande o número de pais analfabetos, semi analfabetos, enfim, com limitações que impedem ajudar os filhos na educação paralela, "em casa", tudo bem. Ponto. Se esses pais, essa família, fosse esclarecida de que o papel afetivo não cobra conhecimento, e é isso que a escola e o aluno precisa, uma vez que cabe à escola o real papel de ensinar, digo no aspecto puramente cognitivo, quem sabe não funcionaria, não teríamos uma resposta exitosa, no sentido da escola ter os mesmos como aliados. Eu acredito que muitos pais se furtam dessa tarefa, desse dever até mesmo por acharem que não tem como ajudá-los, e não entendem que a afetividade é apenas o copmpromisso numa linguagem de amor, de aproximação, de motivação na vida do filho.
    Creio que você pode ajudar muito a ressaltar esse contorno, pois tem muito conhecimento, é uma profissional dedicada, tem tudo para ajudar essas famílias, no caso com essa dificuldade a não temer estar presente na vida dos seus filhos.
    No mais um grande abraço, e mais uma vez parabéns pela matéria, lembrando que o mais importante de tudo é buscarmos a solução para as difiuldades neste espaço tão importante na vida do ser humano, e não perder tempo em procurar culpados. Somos capazes de construir uma história diferente, afinal as mudanças só acontecem através da própria mudança de atitude de um povo.

    Beijos com muito carinho,

    Marijara

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    1. Olá, Tia Marijara, só posso dizer que concordo plenamente com seu comentário. Foi muito bem embasado e colocado...

      Concordo que não devemos perder tempo procurando culpados. Com certeza as famílias precisam ser esclarecidas de seu papel, inclusive ficando a par desses termos muitas vezes complicados à elas por falta de estudo. Vejo que a escola(me refiro à minha experiência pessoal) tem se empenhado em trazer os familiares para fazer parte do processo(aliás, para se compreender como parte), para que possam estar mais próximos e informados. Mas, a realidade é que alguns simplesmente permanecem alheios. Por isso algumas vezes, infelizmente, precisamos recorrer ao conselho tutelar(claro, em casos extremos). A verdade é que ainda há pais/responsáveis que simplesmente não nos ouvem e não se veem como parte importante nesse processo. É uma luta diária, com muitas vitórias sim, claro, mas ainda com muito chão para ser percorrido. No meu caso, onde trabalho com crianças, temos tentado lidar com essa situação de forma que o problema não se torne uma bola de neve, transformando essas crianças em "adolescentes problemas", totalmente abandonados à própria sorte. Pois quando a questão avança, o problema toma uma proporção quase insustentável aos nossos colegas professores que lidam com os adolescentes e ao grupo escolar dessa faixa etária, como um todo. Também não podemos deixar de falar que os maiores prejudicados nessa história toda são as próprias crianças e adolescentes.

      Também não podemos deixar de dizer que o governo tem papel fundamental nessas questões. Mas este, a meu ver, tem feito como pôncio Pilatos... e o que acontece? Assim caminha a humanidade. Uns lavam as mãos, outros tentam achar culpados, alguns se eximem da culpa...

      Porém eu não consigo pensar que esse é o fim. A verdade é que não consigo aceitar esse fim. Por isso eu tento fazer minha parte. Continuarei sendo a professora que cobra a presença familiar, que chama o pai para conversar. Entim, continuarei sendo a prozinha que manda recados e que muitas vezes é taxada de chata. Mas, lá no finalzinho é lembrada pelos pais como a prô Joicy que fez a diferença na vida do fulano, sicrano ou beltrano. Algo de bom temos que tirar disso tudo, né!?

      Muiiito obrigada por vir aqui, viu!? Adorei seu comentário...

      bjks

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  34. Ola Joicy.

    É realmente alarmante o estagio em que se encontra essa situação nas escolas,as vezes penso que certos pais acham que devem dar educação de valores ate os 6 anos de idade, pois depois que o filho entra na escola seu apoio e presença praticamente desaparece. Eu como estudante ja pude observar varias cenas em que pais vieram discutir com o professor, por ele não estar desempenhando seu papel. Agradeço por ter tido a mãe presente que tive,ela não so foi minha mãe como foi meu pai,minha amiga e minha primeira professora,ela que me ensinou a ler,ela que me deu meu primeiro livro e me estimulou a gostar do conhecimento,agradeço muito a ela,pois sei que sem isso talvez não teria encontrado a motivação necessária.
    Espero que o mundo possa estar melhor pro meu filho? não,acho que devo falar que espero que ate eu ter meu filho, que o mundo passe a ser povoado com pessoas melhores e que eu tambem possa desempenhar com qualidade a função de pai.

    Abraço!
    Jeferson Barbosa

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  35. Caramba Joicy o assunto rendeu hein.
    Foi mal ter demorado a postar.

    Minha irmã fez o tcc dela sobre o falso diagnótico de TDAH em crianças por pura preguiça dos pais em reconhecer sua responsabílidade na educação dos filhos, e é mais ou menos isso que acontece nas escolas, os pais largam os filhos lá cedo pegam de tarde e acham que já cumpriram o seu papel sendo que crinça não se educa só com disciplina mas principalmente com carinho de sua família.

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