Olá, people! Mais uma postagem prontinha...
A amiga blogueira Ana Cecília Romeu, do
HumorEmConto, sugeriu que eu fizesse uma postagem relatando como foi o natal em que meu filho
nasceu... como eu disse em em outro link aqui do blog, a bolsa rompeu durante a
ceia de natal. Então lá vai...
Segunda-feira, 24 de dezembro de 2001
Acordei por volta das 8 horas da manhã. A noite foi difícil,
pois a imensa barriga, de quase nove meses, já não permitia que eu dormisse
tranquilamente. Faz parte!
Acordei,
tomei café da manhã e resolvi fazer
faxina em casa. Empurra guarda roupa daqui, afasta cama dali, limpa o
chão
acolá... sim, deu a louca na barriguda!!!! Confesso que nunca fui uma
pessoa considerada “dona de casa perfeita”, mas, nesse dia acordei com
espírito de “Amélia que era mulher de
verdade"... acho que esse espírito nunca mais baixou em mim! #Fato
Continuando... marido não estava em casa. Havia ido na casa da
sogra buscar o carro para ajudar com a “correria” do
natal e me buscar mais tarde...
Terminei
a faxina e fui descansar um cadim...
acabei pegando no sono e acordei
perto do horário de ir ao salão de beleza me embonecar(horário marcado
para
13:00 h). Fiz unhas e sobrancelha... não estava com paciência para
arrumar o
cabelo. Nunca esquecerei dessa ida ao salão, pois a moça fez minha
sobrancelha COM CERA e eu pensei que iria parir ali mesmo!!! WTF!!???
Nunca maissssss usei
esse método!!! Kkkkkkkk... tbem me lembro de ter demorado uma eternidade
no salão,
fazendo a unha, pois não achava posição para ficar parada... precisei
“meio
que” deitar no banco, para que a pedicure(??) conseguisse concluir seu
trabalho.
Marido me buscou no salão, fomos para casa, me arrumei e fomos
para casa da sogra. Chegamos lá por volta das 18:00 h. Eu estava “varada” de
fome... estava somente com o café da manhã! Que loucura, eu sei!!!! Uai, tinha
esquecido de comer! Kkkkk... só rindo e sorrindo aqui, com minha insanidade! A
questão é que não havia comida... somente lanchinho, pois tudo estava sendo
preparado para a ceia de natal. Comi pão francês com alguma coisa que não lembro.
As horas passaram, fomos conversando, fui ajudando com a
organização da mesa e os presentes embaixo da árvore de Natal. Temos o hábito
de fazer as trocas de presentes após a Ceia, ou seja, depois da meia noite, mas
nesse dia eu estava numa agonia danada e todos resolvemos antecipar esse momento para mais cedo, por volta das 22:00 h.
Presentes
trocados, a fome foi aumentando e resolvemos
adiantar a ceia também, pois minha fome era de leão. Poxa, não se deve
negar
comida para uma grávida! Então, faltando aproximadamente 30 minutos
para a meia noite resolvemos servir o jantar. Nhammmm, tudo delicioso...
conversa vai, conversa vem, senti vontade de fazer “xixi”(putz, desculpe
ae!)... fui ao banheiro, mas percebi que eu
não queria fazer pipi, coisa nenhuma! Depois de um tempo voltei à
mesa(eu lavei
as mãos! Ok!!? rs... para que não fique nenhuma dúvida! kkkk)... então,
voltei
à mesa, porém, a fome foi embora. Passou por minha cabeça a
possibilidade de ser o que eu estava pensando que fosse, veio uma
sensação
diferente, certa tensão, mas logo eu disse pra mim mesma “não,
ele vai nascer dia 4 de janeiro... preciso fazer pipi de novo”. Voltei
ao banheiro... fechei a porta...
quando olhei para minhas pernas, um liquido estava escorrendo! Pensei em
algo parecido com: G-zuis do céu!!!! PuRa que parTiu!!!!! O que eu
faço!?
Respirei fundo, vesti a roupa, abri a porta e saí no corredor...
olhei pra mesa onde estavam: Sogra, cunhada Viviane e cunhado Fabiano. Marido
estava logo adiante, ao telefone, falando com nosso amigo Pedro Jr. Olhei para
todos aqueles rostos felizes e disse uma frase que NUNCA, nunca mais
esquecerei: “Não entendo muito bem disso, mas acho que minha bolsa ‘estourou’”.
Todos da mesa se calaram, meu marido desligou o telefone (não lembro se teve
tempo de se despedir...) e eu fiquei parada. Passaram alguns segundos e TODOS
CONTINUAVAM PARALIZADOS!!! Porém, logo todos se levantaram e começaram a se
esbarrar uns nos outros, minha cunhada ligou para o namorado (para pegar o
carro e buscar as minhas roupas e do bebê, em minha casa), marido foi atrás de
“não sei o que”, acho que nada, pq ele andava de um lado para o outro igual uma
barata tonta, coitado! Sogra e cunhado seguiam a mesma linha de raciocínio da
barata tonta... ops... do marido, zanzavam pra lá e pra cá. Até que eu voltei
com mais uma frase: “Alguém pode me ajudar? Tem água descendo aqui!” Então a
sogra me socorreu... mas, logo continuaram no mesmo ritmo anterior, até que eu
disse: “gente, alguém precisa ligar para o médico”. Quem ligou? Eu!!!!
Incrivelmente, eu era a única que conseguia pensar com calma ali. Kkkkkkkk ...
verdade verdadeira! Liguei e avisei que estava a caminho.
Fomos para o hospital, o medico chegou e, como eu queria
tentar parto normal, disse que seria necessário esperar pelas contrações,
dilatações e tudo o mais que vem naturalmente. Passei a noite toda à espera,
com meu marido e sogra dormindo bem perto de mim, num sofá cama super
desengonçado. Foi uma noite de muita espera e nada de dormir (ahhhh, quem
consegue dormir!?), nada de contrações, pouca dilatação e afins... senti dor
nenhuma.
Na
manhã seguinte o “dotô” disse que não podíamos mais esperar,
pois eu já estava perdendo liquido
há muitas horas, então avisou que seria feita a cesária. Nesse mesmo
instante, minha mãe ligou, num TIJOLular que estava a disposição(acho
que da cunhada), dizendo que não havia conseguido
passagem de ônibus para aquele dia. O que eu fiz? CAÍ NO CHORO!!!!!! Eu
me
desesperei... desesperei PORQUE NÃO QUERIA FAZER CESÁRIA(eu já havia me
preparado para parto normal desde o primeiro mês de gravidez e morria de
medo
da anestesia e tudo o mais que vem no pacote cesariana.), mas acho que
me
desesperei mais ainda PORQUE QUERIA MINHA MÃE ali do meu lado!!!!
Marido
começou a ficar bravo com o médico, quando na verdade acho que ele também estava
com vontade de sentar no chão e chorar... tadinho! Porém, ele se acalmou e foi
forte... Eu chorava compulsivamente, até que o medico disse, olhando pra mim como se
estivesse em frente de uma louca varrida, mas com uma voz super calma(ele era
uma figura!!) “menina, você é a primeira paciente que vejo chorar porque deseja
parto normal!”... Eu ri... parei de chorar e me recompus. Era hora de me
comportar como uma adulta. Engoli o choro e esperei as enfermeiras me
prepararem. Fui para a sala de cirurgia e tudo correu bem...
Enfim,
essa é minha história da noite de natal mais especial da
minha vida. Noite em que, como já falei em um dos posts anteriores, o
ser
mais importante do meu universo resolveu fazer sua festa particular,
onde os convidados levaram o maior susto pelo convite inesperado.(risos)... Vou confessar que me emocionei escrevendo esse relato e relembrando a história. Já contamos esse episódio inúmeras vezes, para os amigos, mas nunca foi tão intenso relembrar desse momento tão especial.
Ps. Todas as fotos fazem parte de meu arquivo pessoal!
Beijos e abraços...
Câmbio, desligo!!!